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Mineradora de Serra Pelada, no Pará, faz demissão em massa

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Coomigasp cogita possibilidade de escolher outra empresa.
Mineradora Colossus informou que não há previsão de retomar atividades.

Milhares de garimpeiros de todo o Brasil que há mais de 30 anos esperam a reativação de Serra Pelada, no sudeste do estado, receberam no início deste ano a notícia de que a exploração da mina ainda não deve começar. A mineradora contratada para explorar o ouro está fazendo demissões em massa e comunicou a paralisação das atividades.

Nos últimos 30 dias, pelo menos 300 empregados foram desligados da mineradora. Apenas a equipe de segurança está nas instalações da empresa em Serra Pelada. A Cooperativa de Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que tem mais de 30 mil garimpeiros em todo o país, foi quem contratou a mineradora canadense e informou que pode haver mudança na parceria.

“Se o contrato vier a se extinguir nós vamos, nesse momento viabilizar a escolha de um novo parceiro para conduzir o projeto juntamente com a Coomigasp”, explica o interventor da Coomigasp, Marcos Alexandre Mendes.

Antônio Rocha era vigilante da empresa há quase 6 anos e estava de férias, quando retornou ao trabalho na semana passada foi comunicado sobre a demissão. “2014 não começou muito bom, porque eu não esperava ficar desempregado agora", lamentou.

Na década de 1980, Serra Pelada viveu o auge da exploração do ouro: foram extraídas 30 toneladas do metal precioso e mais de 100 mil homens trabalharam no garimpo. Em 1992 a exploração manual ficou inviável e toda a área foi inundada. Porém, 15 anos depois, pesquisas geológicas apontaram a existência de 33 toneladas de ouro em uma área de 100 hectares. Foi então que a mineradora Colossus iniciou as atividades na área, em 2011. A previsão era que até março deste ano a mina começasse a produzir.

A mineradora Colossus informou que adiou o início da produção de ouro em Serra Pelada porque, ainda no segundo semestre de 2013, a empresa encontrou desafios técnicos para o controle da quantidade de água no solo onde o projeto está sendo desenvolvido. Essa situação teria provocado um desequilibro orçamentário. Por enquanto a empresa vai manter uma equipe reduzida para garantir a preservação da estrutura já construída e não há previsão de quando as atividades voltarão ao normal.

Do G1 PA

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