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Pará dá aval para mina da Belo Sun

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A canadense Belo Sun conseguiu obter a licença prévia ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) para instalação do projeto Volta Grande, que prevê a exploração de uma mina de ouro em Senador José Porfírio (PA), no mesmo município onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte. A licença será assinada pelo presidente da Sema, José Alberto Colares. A autorização não permite o início efetivo das operações - já que a Belo Sun ainda precisa obter a licença de instalação (LI) do projeto -, mas atesta a viabilidade socioambiental do empreendimento. Para conseguir a LI, a empresa terá de elaborar um estudo de impacto ambiental mais detalhado, incluindo as medidas que irão minimizá-los.

A aprovação do projeto teve a quase unanimidade do Coema. Dos 12 membros do conselho, apenas o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou voto contrário. Para a promotora de Justiça, Eliane Moreira, o projeto deveria ser reanalisado, por conta de impactos atrelados a questões indígenas, além de possíveis sinergias com a hidrelétrica de Belo Monte, que está em construção a apenas 17 quilômetros do local previsto para ser minerado. O licenciamento do projeto, argumenta o MPE, deveria ser realizado pelo Ibama, órgão federal responsável pelo licenciamento da usina de Belo Monte.

O projeto está atrasado. O plano inicial previa o início da exploração ainda no primeiro semestre deste ano. A Belo Sun pretende investir até US$ 1,1 bilhão na extração e beneficiamento de ouro em Senador José Porfírio, município vizinho a Altamira. A previsão é produzir 4.684 quilos de ouro por ano e colocar para funcionar o "maior projeto de exploração de ouro do Brasil".

A Belo Sun pertence ao grupo Forbes & Manhattan, banco de capital fechado que desenvolve projetos de mineração. Para tirar ouro do Xingu, a empresa pretende manipular 37,80 milhões de toneladas de minério tratado nos 11 primeiros anos de exploração da mina. A previsão é de que a exploração avance por até 20 anos.

A região onde está prevista a mineração pela empresa tem sido alvo da ação de aproximadamente 2 mil garimpeiros que, atualmente, trabalham de forma irregular. Até início deste ano, pelo menos três garimpos estavam em plena atividade na Volta Grande do Xingu, extraindo ouro da região sem autorização.

Fonte: http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/index.php?r=noticias/view&id=275802

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