Faleceu na manhã desta terça-feira (19), o ex-governador do Estado, Almir Gabriel, de 80 anos.
Após deixar o PMDB, foi um dos fundadores do PSDB às vésperas das eleições municipais de 1988, quando concorreu à vice-presidência na chapa de Mário Covas, em 1989. Almir governou o Pará por dois mandatos consecutivos, entre 1995 e 2002.
Em 2002, Almir Gabriel, com a teimosia pela qual ficou conhecido, enfrentou aliados e tucanos e todas as plumagens para fazer do então secretário de Produção, Simão Jatene, o governador do Pará. Numa eleição disputadíssima com a candidata petista Maria do Carmo, Jatene se elegeu, mas quatro anos depois, não concorreu à reeleição, embora pesquisas encomendadas pelo PSDB apontassem alto índice de aprovação do governo.
Gabriel foi o candidato e acabou derrotado por Ana Júlia Carepa. Então, mudou-se para a cidade de Bertioga (SP) e só voltou ao noticiário político no início de 2009, lutando para fazer de Mário Couto o candidato ao governo contra Simão Jatene, de quem o ex-governador se tornou desafeto. Almir Gabriel culpava o ex-pupilo pela derrota em 2006, a quem acusava de ter feito “corpo mole” durante a campanha.
Aos 77 anos, esta é a segunda vez que Almir pede desfiliação do PSDB. Em dezembro de 2009, ele explicou, em comunicado ditado pelo telefone ao DIÁRIO DO PARÁ, que tomou a decisão em razão dos atuais desvios dos princípios políticos e éticos que alicerçavam” o PSDB do Pará.
(Foto: Diário do Pará) |
O político estava internado desde o último dia 6 em um hospital particular de Belém, vítima de um enfisema pulmonar, uma doença degenerativa, que provoca a perda de capacidade respiratória e oxigenação insuficiente, tendo como uma de suas causas a exposição prolongada ao fumo de tabaco. Ele também enfrentava um edema, que representa um acúmulo anormal de líquido nos pulmões, o que leva à falta de ar. O local do velório do ex-governador ainda será divulgado. O enterro ocorrerá no município de Castanhal.
TRAJETÓRIA
Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, Almir Gabriel iniciou sua trajetória política em 1979, quando foi secretário de Saúde e, depois, secretário de Segurança no segundo governo de Alacid Nunes (1979-1983). Em 1982, aproximou-se do PMDB e apoiou Jader Barbalho ao governo do Estado. Eleito, Jader nomeou Almir como prefeito de Belém, de 1983 a 1986. Em 1986, ainda pelo PMDB, elegeu-se senador e ajudou a elaborar a Constituição Brasileira de 1988.
Formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, Almir Gabriel iniciou sua trajetória política em 1979, quando foi secretário de Saúde e, depois, secretário de Segurança no segundo governo de Alacid Nunes (1979-1983). Em 1982, aproximou-se do PMDB e apoiou Jader Barbalho ao governo do Estado. Eleito, Jader nomeou Almir como prefeito de Belém, de 1983 a 1986. Em 1986, ainda pelo PMDB, elegeu-se senador e ajudou a elaborar a Constituição Brasileira de 1988.
Após deixar o PMDB, foi um dos fundadores do PSDB às vésperas das eleições municipais de 1988, quando concorreu à vice-presidência na chapa de Mário Covas, em 1989. Almir governou o Pará por dois mandatos consecutivos, entre 1995 e 2002.
Em 2002, Almir Gabriel, com a teimosia pela qual ficou conhecido, enfrentou aliados e tucanos e todas as plumagens para fazer do então secretário de Produção, Simão Jatene, o governador do Pará. Numa eleição disputadíssima com a candidata petista Maria do Carmo, Jatene se elegeu, mas quatro anos depois, não concorreu à reeleição, embora pesquisas encomendadas pelo PSDB apontassem alto índice de aprovação do governo.
Gabriel foi o candidato e acabou derrotado por Ana Júlia Carepa. Então, mudou-se para a cidade de Bertioga (SP) e só voltou ao noticiário político no início de 2009, lutando para fazer de Mário Couto o candidato ao governo contra Simão Jatene, de quem o ex-governador se tornou desafeto. Almir Gabriel culpava o ex-pupilo pela derrota em 2006, a quem acusava de ter feito “corpo mole” durante a campanha.
Aos 77 anos, esta é a segunda vez que Almir pede desfiliação do PSDB. Em dezembro de 2009, ele explicou, em comunicado ditado pelo telefone ao DIÁRIO DO PARÁ, que tomou a decisão em razão dos atuais desvios dos princípios políticos e éticos que alicerçavam” o PSDB do Pará.
(DOL)