Parentes de adolescente morto há 7 anos evitaram enforcamento.
Imagens foram feitas na última terça-feira (15), em Nowshahr.
Imagens foram feitas na última terça-feira (15), em Nowshahr.
Agência de notícias do Irã registrou momento em que família de vítima concede perdão a condenado e o salva da forca (Foto: Arash Khamooshi/Isna) |
A execução de um homem condenado no Irã pelo assassinato de um adolescente de 17 anos, cometido há sete anos, reuniu uma multidão na última terça-feira (15) em Nowshahr. No entanto, prestes a ser enforcado, a família da vítima concedeu o perdão ao homem e o salvou da morte, segundo o jornal britânico "The Guardian".
Balal Abdullah esfaqueou e matou Abdollah Hosseinzadeh durante uma briga na rua. Por isso, familiares do morto tiveram o direito de reclamar a execução do assassino pela regra do “olho por olho”.
As imagens mostram o momento em que Balal é levado até um local público, onde uma forca foi preparada. Em uma das fotos é possível vê-lo pedindo por sua vida.
Já com a corda no pescoço, a mãe da vítima apareceu, deu-lhe um tapa no rosto e concedeu-lhe o perdão -- algo considerado raro, segundo o "Guardian".
O pai da vítima, Abdolghani Hosseinzadeh, disse que um sonho de sua esposa fez a família tomar a decisão de não seguir com a execução.
"Três dias atrás minha esposa viu o meu filho mais velho em um sonho, dizendo que estaria em um bom lugar e que não era para retaliar [a morte]. Isso a acalmou", explica. Apesar do perdão, Balal pode não ser libertado da prisão.
Todos os movimentos foram acompanhados de longe pela população. A sequência de fotos foi divulgada pela agência de notícias local Isna.
Balal Abdullah foi levado por oficiais do Irã para ser executado em local público (Foto: Arash Khamooshi/Isna/AFP) |
A mãe do jovem assassinado por Balal Abdullah deu-lhe um tapa no rosto momentos antes de conceder o perdão, o que salvou o homem da morte (Foto: Arash Khamooshi/Isna/AFP) |
Familiares da vítima, morta há sete anos, ajudam a retirar a corda no pescoço do condenado (Foto: Arash Khamooshi/Isna/AFP) |
Público iria acompanhar a execução, que aconteceu na última terça-feira (15) (Foto: Arash Khamooshi/Isna/AFP) |
Do G1, em São Paulo