Adeptos do “sexo neutro” dizem não ser nem homem nem mulher
O movimento também chegou à Europa, no final do ano passado, a Alemanha aprovou uma lei que cria o terceiro sexo para registro de recém nascidos. Os pais poderão registrar seus filhos como sexo masculino, feminino ou “indefinido”. A decisão dada pelo tribunal constitucional alemão entende que há pessoas que se sentem profundamente identificadas com um determinado gênero e têm o direito de escolher seu sexo legalmente. Ou seja, pessoas que foram registradas como masculino ou feminino e hoje se sentem envergonhadas por terem adotado uma identidade diferente do registro.
Existe algum gênero além de homem e mulher? Durante séculos diferentes sociedades humanas não o reconheciam. Contudo, nos últimos anos um movimento que busca esse reconhecimento tomou força em diversos países e agora tenta se estabelecer no Brasil.
O psicanalista brasileiro Pedro Paulo Ceccarelli, doutor em Psicopatologia Fundamental e Psicanálise pela Universidade de Paris, afirmou em entrevista ao portal IG, que a discussão sobre a definição deste termo precisa se tornar mais clara para todos. “O gênero é uma construção social, onde homem e mulher têm papeis distintos, não tem nada a ver com macho e fêmea, que é algo biológico. Esse entendimento é recente, algo que é debatido há apenas 20 anos”, defende.
Já o psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que o gênero neutro propõe mais possibilidades para a sexualidade. “A pessoa gênero neutro acabaria, de certa forma, se liberando nas questões sexuais, fazendo sexo com homens e mulheres. Porque ela seria mais aberta a questões de gênero”.
No Brasil já existem pessoas procurando esse reconhecimento legalmente, sempre apoiados por movimentos LGBTS. O argumento em todas as cortes de justiça é o mesmo: Direitos Humanos.
Para quem considera esse tipo de debate sem sentido, é bom lembrar que no início de abril, a Suprema Corte da Austrália reconheceu oficialmente o terceiro sexo. Chamados de “neutros”, eles são o resultado da luta de uma pessoa que se identifica como Norrie, que nasceu homem, fez uma cirurgia de mudança de sexo e mesmo assim disse não se “encaixar”.
Enquanto isso, o Supremo Tribunal da Índia reconheceu nesta terça (15) a existência de um terceiro gênero: os transexuais. Os indianos que assim desejarem terão a possibilidade de inscrever a sua orientação de gênero (masculino, feminino ou terceiro gênero) em todos os seus documentos. Os beneficiados são conhecidos como hijra, termo que define diferentes situações, incluindo eunucos, pessoas que fizeram cirurgia para mudança de sexo e “todos os que se apresentem de uma forma diferente da do sexo com que nasceram”.
O psicanalista brasileiro Pedro Paulo Ceccarelli, doutor em Psicopatologia Fundamental e Psicanálise pela Universidade de Paris, afirmou em entrevista ao portal IG, que a discussão sobre a definição deste termo precisa se tornar mais clara para todos. “O gênero é uma construção social, onde homem e mulher têm papeis distintos, não tem nada a ver com macho e fêmea, que é algo biológico. Esse entendimento é recente, algo que é debatido há apenas 20 anos”, defende.
Já o psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo, explica que o gênero neutro propõe mais possibilidades para a sexualidade. “A pessoa gênero neutro acabaria, de certa forma, se liberando nas questões sexuais, fazendo sexo com homens e mulheres. Porque ela seria mais aberta a questões de gênero”.
No Brasil já existem pessoas procurando esse reconhecimento legalmente, sempre apoiados por movimentos LGBTS. O argumento em todas as cortes de justiça é o mesmo: Direitos Humanos.
Para quem considera esse tipo de debate sem sentido, é bom lembrar que no início de abril, a Suprema Corte da Austrália reconheceu oficialmente o terceiro sexo. Chamados de “neutros”, eles são o resultado da luta de uma pessoa que se identifica como Norrie, que nasceu homem, fez uma cirurgia de mudança de sexo e mesmo assim disse não se “encaixar”.
Enquanto isso, o Supremo Tribunal da Índia reconheceu nesta terça (15) a existência de um terceiro gênero: os transexuais. Os indianos que assim desejarem terão a possibilidade de inscrever a sua orientação de gênero (masculino, feminino ou terceiro gênero) em todos os seus documentos. Os beneficiados são conhecidos como hijra, termo que define diferentes situações, incluindo eunucos, pessoas que fizeram cirurgia para mudança de sexo e “todos os que se apresentem de uma forma diferente da do sexo com que nasceram”.
O movimento também chegou à Europa, no final do ano passado, a Alemanha aprovou uma lei que cria o terceiro sexo para registro de recém nascidos. Os pais poderão registrar seus filhos como sexo masculino, feminino ou “indefinido”. A decisão dada pelo tribunal constitucional alemão entende que há pessoas que se sentem profundamente identificadas com um determinado gênero e têm o direito de escolher seu sexo legalmente. Ou seja, pessoas que foram registradas como masculino ou feminino e hoje se sentem envergonhadas por terem adotado uma identidade diferente do registro.