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Nove pessoas são mortas em Belém após assassinato de policial militar

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Vítimas serão identificadas na manhã desta quarta-feira, 5.
Divisão de Homicídios irá investigar relação entre as mortes.


Nove pessoas foram assassinadas na noite desta terça-feira (4) em seis bairros de Belém, informou o secretário de Segurança Pública do Pará, Luiz Fernandes, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (5). Inicialmente, a Polícia Militar havia informado que havia sete mortos. Os crimes ocorreram após o cabo da Polícia Militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo, 43, ser assassinado a tiros perto da rua onde morava. Os casos estão sendo investigados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para verificar a relação entre eles. Pelo menos seis mortes têm características de execução.

O cabo Antônio Figueiredo foi morto por volta das 19h30 de terça na Rua Augusto Corrêa, no bairro do Guamá. Ele estava chegando em casa, de acordo com sargento Silva Dias, quando foi abordado por três homens, que atiraram contra ele. Os criminosos fugiram e, até a publicação deste texto, ainda não haviam sido presos. Segundo o coronel Braga, da Corregedoria da PM, o cabo Figueiredo estava respondendo a um processo na Justiça comum por homicídio. Ele estava afastado das atividades por um problema de saúde.

Após a morte do PM, ainda na noite de terça, começaram a circular informações nas redes sociais de que estaria ocorrendo uma chacina nos bairros periféricos da cidade, e que dezenas de pessoas já haviam sido mortas. O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves informou que a identificação dos corpos será feita nesta manhã, com a chegada de familiares para auxiliar nos trabalhos. Todas as vítimas são homens.

Diversos vídeos e áudios de supostos tiros sendo disparados estão sendo publicados na internet e compartilhados entre moradores de Belém. Alguns perfis atribuídos a policiais convocavam para a "chacina". Uma mensagem de voz chegou a ser compartilhada por meio do aplicativo WhatsApp em que uma pessoa pedia para que moradores do bairro Guamá não saíssem de casa porque um policial havia sido morto e eles iriam fazer uma "limpeza" na área.

Na manhã desta quarta, outras informações atribuídas a criminosos diziam que haveria uma "revanche". Muitos moradores estão com receio de sair de casa. Às 9h30, as hashtags #chacinaembelem, #guama e #belem estavam entre os assuntos mais comentados na rede social Twitter.

A Secretaria de Segurança Pública informu que as informações que circulam nas rede sociais não são verdadeiras, inclusive foram usadas fotos de mortos da boate Kiss dizendo que eram da "chacina" em Belém. A Segup informou ainda que as pessos que estão divulgando informações falsas serão punidas.

De acordo com a Segup, quatro das mortes da noite de terça ocorreram no bairro Terra Firme, uma no Marco, uma no Guamá, uma no Jurunas, uma no Sideral e uma no Tapanã. O Comando Geral da Polícia Militar acionou a Corregedoria da corporação para apurar as denúncias relativas aos casos e também determinou reforço das equipes através do Comando de Missões Especiais e do serviço de inteligência da PM.

Execução
O secretário de Segurança Pública informou ainda que todas as vítimas são homens e, pelo menos, seis têm características de execução. Na entrevista à imprensa, o secretário confirmou que não houve confronto com a polícia e nem mortes durante a operação para localizar os assassinos do PM.

Investigações da polícia revelaram que os assassinos chegaram de moto e com capacete na execução da maioria das pessoas. A Corregedoria da Polícia Militar disse que não descarta e nem confirma a participação de membros da PM nesses crimes.

O Comandante Geral, coronel Daniel Mendes, acionou o gabinete interinstitucional de segurança pública para monitoramento e controle da situação.


Do G1 PA

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