
"Essa decisão representa realmente uma conquista, é o reconhecimento de todo um trabalho que vem sendo feito ao longo de décadas. Só eu tenho 50 anos de divulgação desse ritmo. Coincidentemente no dia em que sai essa notícia faço a abertura do Çairé, onde os dois grupos que disputam o festival usam bastante o carimbó em suas apresentações", comentou Pinduca.
"Carimbó não é mais música regional, ele é internacional. Faço shows em toda a America Latina, estive recentemente na França e sei o quanto esse ritmo contagia o público. Queria agradecer ao povo paraense, aos artistas que fazem a música e à imprensa paraense que tanto nos ajudou", completou o artista. Sobre o que pode melhorar após o reconhecimento do IPHAN, Pinduca faz algumas ressalvas. "Eu não acredito que possa melhorar muita coisa após esse reconhecimento. Acho que os artistas que trabalham com o carimbó vão continuar fazendo esse trabalho de resgate e fortalecimento das nossas raízes. Por enquanto ainda não pretendo parar, mas a minha preocupação é saber se virão outros para continuar com esse trabalho".

A aprovação do registro do carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, feita por unanimidade, saiu na manhã desta quinta-feira, 11, durante reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em Brasília. O pedido foi apresentado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito, Associação Cultural Japiim, Associação Cultural Raízes da Terra e Associação Cultural Uirapurú, com a anuência da comunidade.
Fonte: Agência Pará