Um ônibus que transportava operários das obras da usina de Belo Monte foi incendiado nesta sexta-feira (23), durante protesto de índios e ribeirinhos na rodovia Transamazônica, a 27 km do município de Altamira, no sudoeste do Pará. Segundo o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), o veículo era alugado para levar os funcionários ao canteiro de obras da usina, em Vitória do Xingu, e ninguém ficou ferido. O CCBM registrou boletim de ocorrência, e o caso será investigado. Durante a manhã, manifestantes ameaçaram incendiar ônibus caso não houvesse negociação.
O protesto bloqueia dois trechos da rodovia desde o início da manhã desta sexta, impedindo o acesso dos funcionários ao canteiro de obras da usina, permitindo apenas a passagem dos demais veículos não relacionados às obras. A manifestação pede agilidade na implantação do plano básico ambiental, uma das condicionantes da construção da usina. Também é reivindicada a construção de casas, postos de saúde e escolas nas aldeias, além da realocação de indígenas e ribeirinhos de comunidades afetadas pelas obras da usina. Índios de cinco etnias das regiões do Iriri, Curuá e Xingu, participam da manifestação.
Os manifestantes dizem que só irão desobstruir a rodovia depois que os presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Norte Energia aceitarem se reunir para negociar. Caso isso não ocorra, eles prometem incendiar os ônibus.
Com o ato, o andamento dos trabalhos na usina estaria sendo prejudicado. Segundo o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), os operários que moram em Altamira – e representam 40% do total – não estão trabalhando porque não conseguem ter acesso aos canteiros de obra.
Norte Energia nega descumprimento
De acordo com a Norte Energia, a empresa e a Funai assinaram na quarta-feira (21) o termo de compromisso do Projeto Básico Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI), um dos condicionantes do licenciamento ambiental da hidrelétrica, expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento assegura a realização de ações firmadas pelo consórcio com a Funai e lideranças de 11 terras indígenas na região do Xingu, atendidas pelo PBA-CI.
O compromisso havia sido reafirmado em reunião feita em Altamira, no início do ano, com a presença de cerca de 300 indígenas e representantes do Ministério Público Federal (MPF),
da Funai e de órgãos do governo federal.
As atividades previstas no termo de compromisso e no PBA-CI teriam sido referendadas pela Funai e devem ser acompanhadas por um comitê gestor formado por representantes das comunidades indígenas, da Norte Energia e do órgão indigenista.
Ainda segundo o consórcio, os recursos destinados aos projetos do PBA-CI fazem parte dos R$ 3,2 bilhões do Projeto Básico Ambiental (PBA) da usina de Belo Monte.
G1 PA
O protesto bloqueia dois trechos da rodovia desde o início da manhã desta sexta, impedindo o acesso dos funcionários ao canteiro de obras da usina, permitindo apenas a passagem dos demais veículos não relacionados às obras. A manifestação pede agilidade na implantação do plano básico ambiental, uma das condicionantes da construção da usina. Também é reivindicada a construção de casas, postos de saúde e escolas nas aldeias, além da realocação de indígenas e ribeirinhos de comunidades afetadas pelas obras da usina. Índios de cinco etnias das regiões do Iriri, Curuá e Xingu, participam da manifestação.
Os manifestantes dizem que só irão desobstruir a rodovia depois que os presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Norte Energia aceitarem se reunir para negociar. Caso isso não ocorra, eles prometem incendiar os ônibus.
Com o ato, o andamento dos trabalhos na usina estaria sendo prejudicado. Segundo o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), os operários que moram em Altamira – e representam 40% do total – não estão trabalhando porque não conseguem ter acesso aos canteiros de obra.
Norte Energia nega descumprimento
De acordo com a Norte Energia, a empresa e a Funai assinaram na quarta-feira (21) o termo de compromisso do Projeto Básico Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI), um dos condicionantes do licenciamento ambiental da hidrelétrica, expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento assegura a realização de ações firmadas pelo consórcio com a Funai e lideranças de 11 terras indígenas na região do Xingu, atendidas pelo PBA-CI.
O compromisso havia sido reafirmado em reunião feita em Altamira, no início do ano, com a presença de cerca de 300 indígenas e representantes do Ministério Público Federal (MPF),
da Funai e de órgãos do governo federal.
As atividades previstas no termo de compromisso e no PBA-CI teriam sido referendadas pela Funai e devem ser acompanhadas por um comitê gestor formado por representantes das comunidades indígenas, da Norte Energia e do órgão indigenista.
Ainda segundo o consórcio, os recursos destinados aos projetos do PBA-CI fazem parte dos R$ 3,2 bilhões do Projeto Básico Ambiental (PBA) da usina de Belo Monte.
G1 PA